domingo, 7 de março de 2010

NO BRASIL A LUTA É POR COTAS RACIAIS, NA ÁFRICA, PARA QUE IRMÃOS EM GUERRA DEIXEM DE ESTUPRAR MULHERES

Fortaleza - CE, 7 de março de 2010.

Edição nº 58

Enquanto no Brasil a guerra é por cotas raciais para negros, pelo fato de seus ancestrais haverem sido escravizados, na África, continente imenso, de pele quase toda negra, vive em eterna luta entre irmãos, da mesma pele, da mesma raça.

A luta na África é igual a que ocorre em todos os lugares, por Poder Político e Econômico, ou seja, poder e diamante, diamantes de sangue.

A riqueza da África parece que não acaba, de lá foram tirados verdadeiros tesouros desde a antiguidade e ainda tem mais, e se briga, e se mata, todos irmãos da mesma cor de pele, a pele negra.

Daí se tira uma conclusão, que negros e brancos são iguais, porque os negros que foram trazidos para o Brasil, sofreram horrores, e os que ficaram na África, sofreram e ainda sofrem, e morrem, e são estuprados por seus próprios irmãos de pele negra, em busca do Poder efêmero desta vida.


Devemos então lutar para que toda e qualquer iniciativa de revanche, de divisão, de racismo, de distinção entre povos seja finalmente extinta, pois não há diferença entre negros e brancos, pois há brancos bons e ruins, assim como negros bons e ruins.

Negros matando negros, negros estuprando negras e negros, negros curando, negros salvando, assim como brancos de todas as espécies.

O negro brasileiro deve perdoar aqueles que venderam seus ancestrais para serem escravizados, valendo dizer que muitos destes comerciantes, ou a maioria deles, de comerciantes negros, da mesma forma como hoje ainda se matam na África, continuam a violar os Direitos Humanos contra seus próprios irmãos e irmãs de pele negra, o que é um absurdo.


Maior absurdo é imaginar que as cotas raciais servirão como indenização paga pelo Brasil para os que tiveram seus direitos violados pelos próprios irmão africanos, e aproveitados pelos comerciantes brancos brasileiros.

Nesta mesma linha de pensamento, os afro-descendentes brasileiros deveriam pedir a mesma indenização contra todos os países africanos, pois foram os irmãos de lá que praticaram o comércio de escravos para o mundo todo, o que seria outro absurdo.

Na realidade, devemos viver em paz, o branco com o negro, e esta paz, ser exportada aos irmãos na África, para que vejam como o Brasil, um país continental, não há côr nem religião que cause a morte do próximo, nem estupros como forma de tomar o poder, nem diamantes que derramem o sangue dos próprios irmãos como ocorre no continente africano até hoje.


Que a paz prospere entre irmãos da mesma cor, e de cores diferentes porque já se provou que inexiste raça, já que todos viemos de uma mesma ramificação da grande árvore da HUMANIDADE.

Paz e Solidariedade,



Dr. Otoniel Ajala Dourado
Editor-Chefe da REVISTA SOS DIREITOS HUMANOS
OAB/CE 9288 – 55 85 8613.1197
Presidente da SOS - DIREITOS HUMANOS
Membro da CDAA da OAB/CE
www.sosdireitoshumanos.org.br
sosdireitoshumanos@ig.com.br



REPORTAGEM-PROVA:


Tanzânia
ONG pede fim de violações sexuais por grupos armados na RD Congo



Dar es Salaam - A Organização Não Governamental (ONG) Christian Aid apelou hoje, para a tomada de medidas visando acelerar a desmobilização voluntária dos grupos armados na RD Congo, como forma de se pôr termo a violações sexuais sistemáticas de
mulheres por soldados.

A Christian Aid lançou este apelo na sequência dos últimos ataques brutais perpetrados contra mulheres e atribuídos aos rebeldes das Forças Democráticas para a Libertação do Ruanda (FDLR), na provínvia do Kivu-Sul, no leste da RD Congo.

Segundo a Christian Aid, das 15 mulheres que foram raptadas e violentadas por homens armados, cinco foram brutalmente torturadas antes de serem decapitadas, três sobreviveram e foram evacuadas para o hospital de Panzi para tratamentos médicos de emergência e as outras sete são dadas como desaparecidas ou presumidas mortas.

Os ataques em causa ocorreram em Fevereiro passado, menos de duas semanas antes de a ministra britânica dos Negócios Estrangeiros, a baronesa Kinnock, visitar as sobreviventes do acto no hospital de Panzi.

Desde então, ela comprometeu-se a promover o combate contra a impunidade em torno das violações sexuais na RD Congo.

A Christian Aid congratulou-se com este compromisso renovado e convidou a baronesa Kinnock a trabalhar com os Governos da RD Congo e do vizinho Ruanda bem como com as Nações Unidas para resolver as causas subjacentes da insegurança na região dos Grandes Lagos.

Este esforço, sugeriu a organização, deve incluir apoio político acrescido e ajuda material à desmobilização e ao repatriamento voluntário dos grupos armados das FDLR e dos refugiados, cuja maior parte encontram-se na RD Congo na sequência do genocídio ruandês de 1994.

"Com a presença constante de vários grupos armados, as mulheres em toda a da região estão mais vulneráveis do que nunca às represálias e à violação sistemática", explicou Shuna Keen, analista da Christian Aid para os Grandes Lagos.

Segundo ela, mulheres jovens e jovens inocentes continuam a ser violentadas tanto pelas Forças Armadas Congolesas (FARDC) como pelas FDLR ruandesas, o que faz com que a maioria destas mulheres e as crianças que nascem na sequência destas violações sejam seropositivas, enquanto os efeitos sociais e psicológicos destes actos "são devastadores a longo prazo".

O Escritório das Nações Unidas para a Coordenação dos Assuntos Humanitários (UNOCHA) informou, no ano passado, que uma proporção considerável da violência sexual na RD Congo foram cometidas por homens fardados.

A maioria destes casos de violação são cometidas em regiões isoladas e as vítimas não têm a possibilidade de serem tratadas.

Estima-se que mais de seis milhões de civis perderam a vida na guerra e no genocídio na RD Congo e no Ruanda desde o início dos anos 1990, tornando este conflito no mais mortífero desde a Segunda Guerra Mundial terminada em 1945.

"Podemos e temos de fazer mais para incentivar a desmobilização voluntária e o repatriamento dos rebeldes das FDLR e dos refugiados ruandeses através de medidas de acompanhamento, sensibilização e restabelecimento da confiança. Não se deu oportunidades suficientes a opções não militares", acrescentou Keen.

Mais de 15 anos após o genocídio ruandês, estima-se que existam 90 mil refugiados ruandeses que vivem nesta região instável do leste da RD Congo, bem como milhares de comtatentes rebeldes FDLR armados.

Segundo a agência, a insegurança que prevalece nas regiões dos Kivus Norte e e Sul da RD Congo, a principal causa das violações sexuais, é por si resultante duma crise política profunda na região dos Grandes Lagos.



PROVA DE QUE TODOS SOMOS IRMÃOS E QUE NÃO HÁ RAÇA:


Não existem "raças" na espécie humana!

O ABC porque não existem "raças" na espécie humana!
(de C. Ardaga Widor, Lençóis, Bahia)

A) Dezenas de milhares de anos atrás

Há dezenas de milhares de anos não existiam cidades no mundo. As pessoas desses tempos antigos eram poucas e viviam em grupos pequenos. O tamanho desses grupos variava. Podia ser minúsculo de uma família extensiva só, por exemplo. Podia ser media de um clã ou podia ser relativamente grande no caso de uma tribo.


Naqueles tempos ninguém dominava a agricultura. Quer dizer que todas as famílias, clãs e tribos caçavam e/ou pescavam e procuravam por raízes e frutas silvestres para se alimentarem. Os grupos eram maiores onde tinha sempre peixes e mariscos e/ou caça em abundancia. E eram menores onde estes alimentos de origem animal eram mais escassos.

Quem caça sem armas de fogo e quem busca frutas e raízes para comer às vezes tem de percorrer grandes distâncias durante dias e até semanas a fio. E aqueles lugares onde tinha caça e/ou peixes em abundancia sempre atraiam os famintos da região. Sendo assim não espanta, que mesmo com tão poucas pessoas no mundo daqueles tempos antigos, acontecia frequentemente que dois grupos diferentes encontravam-se pelos sertões e várzeas e litorais do mundo. Às vezes, estes encontros eram tranqüilos e a curiosidade falou mais alto. Conversava-se, por meio de senhas quando as línguas eram diferentes demais para serem entendidas por todos, trocavam-se presentes, comia-se e namorava-se e assim os dois grupos construíam um laço amistoso entre eles. Depois os grupos ou separam-se com a possibilidade de alguns ficando com o outro grupo, ou os dois grupos ficaram juntos de vez para aumentar seu número e, portanto, sua segurança.


Tinha, porém, também os encontros belicosos. Brigas e lutas podem ter originadas por causa da caça ou por causa do lugar (se era rico em peixe, por exemplo). Ou por causa da escassez de mulheres e crianças. Porque todos os grupos sempre procuravam aumentar seu prestígio e sua força pelo aumento de seu número. (Naqueles tempos antigos morria muito mais gente do que hoje e, também, muito mais jovem. E deste modo, os pequenos grupos andavam muitas vezes à beira da extinção.)


Mas seja como for a natureza desses encontros, pacífica ou belicosa, sempre resultou, também, em homens e mulheres fazendo sexo.

Por que o sexo rolou sempre? Porque isto é profunda e tipicamente humano. Nós, os seres humanos, somos os únicos que sempre prontos e com vontade de transar. Os (outros) animais de nosso planeta de quando em quando passam pelo cio. Más nós estamos sempre em pleno cio. E isto nunca mudou. Até hoje continua assim, porque é a nossa própria natureza.


Agora imagine! Por dezenas e dezenas de milhares de anos. Em todos os cantos do mundo. Entre todos os grupos andando por aí atrás da caça, houve sexo sempre que se encontravam. Qual é o resultado disso? Que todos se misturaram, é claro!


Quando, finalmente, os primeiros grupos descobriram aos poucos a agricultura e podiam, assim, ficar durante o ano todo num lugar só por causa das safras que as alimentava, toda espécie humana já estava totalmente misturada. Que nada de raças! Somos todos nós parentes uns dos outros. Somos uma grande miscigenação global. E em cada "branco" tem um monte de "negro", e em cada "índio" tem um monte de "chinês", porque em todos têm de tudo.

Desenvolvemos cores de pele e de olhos diferentes dependendo do clima onde nossos ancestrais passaram mais tempo, aprendemos línguas e costumes diferentes dependendo com que grupo e em que região vivemos, porém, dentro da gente corre o mesmo sangue vermelho, e rimos das mesmas graçinhas e choramos das mesmas tristezas.


Não há raças humanas. Somos, todos nós, uma raça só: A Raça Humana.

B) Mas tanta gente anda falando de "raças"

Por que é, então, que quase todo o mundo fala de "raças" se é que elas nem existem?
Pois é, primeiro porque com nós humanos é assim: quem fala mais também fala mais besteiras. Porque quem anda falando sem parar (como, por exemplo, o Galvão da globo esporte ou os políticos na véspera de eleição) nem sequer tem tempo para estudar, pensar e aprender. Olhe no seu redor! Quem sabe mais fala menos. Quem sabe nada não para de tagarelar. É ou não é?

Agora, este papo de "raças" é uma moda bastante nova. Nada de dezenas de milhares de anos. Só 400 anos atrás ainda tinha ninguém falando de raças.


Na verdade "as raças humanas" são pura invenção. Verdade! Apenas uma mentira! Inventaram "as raças humanas" para assim dissimular um crime horrendo. Um crime terrível? Que crime? E quem inventou?

Foi assim: As chefias de alguns paises Europeus e seus ajudantes sofriam de uma doença horrível: a cobiça. Sempre queriam mais. (E esta doença, sem pensarmos bem, continua hoje. Também aqui no Brasil. E é por isso que tem tanta corrupção que deixa tanta gente na miséria. Mas isto já é outra história...) Os velhos chefes europeus, então, não conseguiam roubar mais nada de seus próprios súditos porque todos estes já viviam na mais profunda pobreza. Assim aconteceu que as chefias cobiçosas começaram a desejar as riquezas de outras regiões ultramar. Investiam em navios e armas de fogo e mandaram suas frotas cheias de soldados, padres e criminosos para os quatro cantos do mundo. Queriam terras, ouro, prata, pedras preciosas para poder construir mais navios e assaltar mais regiões... A doença do "mais".

E como você sabe foi assim que os primeiros europeus chegaram, também, nas Américas depois da viagem pelo Oceano Atlântico. Mais do que 500 anos atrás, no caso do Brasil. Que pena que os povos nativos (que os invasores da Europa chamavam de "Índios" já que acreditavam de terem chegado na Índia) não entendiam bem o perigo. Muitos dos povos nativos nem ligavam. Preferiam de guerrear contra seus vizinhos, quer dizer outros "Índios", que consideravam rivais. E muitos "Índios" até ajudavam os primeiros Europeus porque sem esta ajuda da parte dos nativos Português, Espanhol, Inglês, Francês, Holandês, etc. nenhum teria sobrevivido por muito tempo nestas terras desconhecidas por eles.


Não demorou muito e os Europeus tinham construído fortalezas e começaram a escravizar os nativos. Ou os escravizavam ou os infectavam com as suas doenças da Europa ou os massacravam com suas armas poderosas. Mataram milhões de "índios". Povos inteiros.


E quem ia fazer os trabalhos pesados agora? Desmatar, construir, plantar, colher, garimpar, produzir...?
Aí os chefes e ajudantes cobiçosos e sanguinários destes países Europeus mandaram suas frotas e seus meios de corrupção que nem a cachaça para a África, onde captavam com a ajuda de alguns chefes Africanos viciados na cachaça e tão cobiçosos como os da Europa dezenas de milhões de Africanos. Homens, mulheres, crianças. Gente de todas as profissões e talentos. E levavam os à força para as Américas para substituir os escravos "Índios" cada vez mais escassos.
Pois é. E quem cometeu todo este crime gigantesco e horrendo, dos reis e papas até os negreiros e compradores de escravos, todos eles eram bons cristãos. Como, porém, combina escravizar e maltratar e massacrar homens, mulheres e crianças com aquele mandamento que diz "Amem seu próximo"? Não combina nada, não é? Pois é. E era aqui onde entram "as raças".

No ano 1735 foi o médico e pesquisador Sueco Carl von Linné que discriminou os seres humanos do mundo em seis "raças". No topo colocou "a raça européia" (os brancos) e em baixo dela "a raça americana" (os "Índios"), "a raça asiática", "a raça africana", "a raça dos selvagens" e "a raça dos monstros".


Quais as provas científicas de sua classificação? Não tem. Nenhuma!

Mas por que, então, fez tal alegação?


Esta resposta é fácil: Porque a Suécia, tal como outros paises europeus também, estava profundamente envolvido no comércio de escravos da África. Enriqueceu com ele, também, como os outros. E para justificar-lo moralmente precisava de "provas" de que os escravizados, sejam eles "Índios" ou Negros, fossem não só diferentes pela cor, mas, também, inferiores pela sua natureza, pela biologia, pela "raça". O objetivo era fazer o mundo acreditar que eram quase nem gente. Diziam que estas populações não-européias eram que nem retardados, crianças irresponsáveis e que precisavam da escravidão para educar e civilizar-los. Tudo mentira tudo invenção. E todo mundo acaba acreditando. É inacreditável, não é?


E é assim que funciona ainda hoje. Um rei ou um governo ou uma empresa poderosa querem uma "prova" para justificar algo que não tem justificativa e pagam, portanto, um cientista para que "faça pesquisa" e chegasse ao resultado desejado ("as provas") pelo cliente rico. Depois se espalham estas "provas" como verdades científicas. Seja pela boca do povo crédulo, ou seja, pela televisão ou pela internet e todo mundo já acredita em mentira forjada. No caso da mentira das "raças" as suas raízes são tão fortes que até o Presidente da República e o Ministro de Cultura não param de falar em "raças" mostrando que até eles acreditam nela. Brincadeira, nê!

E tudo isso embora que tenhamos hoje em dia, mais ou menos 300 anos após a invenção falsa da parte de Carl von Linné, provas científicas verdadeiras (não compradas) que comprovam sem deixar dúvidas que não existem raças humanas, mas uma raça humana só!

C) Agora ta provado: somos todos uma grande família e não há "raças"!

Como foi, finalmente, possível comprovar que Carl von Linné (e tantos outros pesquisadores racistas e/ou corruptos após ele) teve errado (e/ou mentido) e que existe realmente uma raça humana só?


A porta para a verdade foi a genética. A genética é aquele ramo da biologia que estuda como são transmitidas as características de uma geração para outra, dos pais para os filhos e netos e bisnetos...


O DNA é uma substancia presente em tudo que vive e carrega as informações genéticas. O DNA foi descoberto em 1869 más demorou mais do que 100 anos até os pesquisadores conseguiram "ler" e entender as suas informações.


A célula é a partezinha básica dos seres vivos. Ela é dividida em várias partes minúsculas como a membrana, o citoplasma e o núcleo. No citoplasma foram achadas as mitocôndrias. Essas têm cerca de 0,003 milímetros de comprimento. Quer dizer que são tão diminutas que é preciso usar microscópios bem fortes para poder ver-las. Nessas mitocôndrias têm, também, pequenas quantidades de DNA nas quais achamos armazenadas as informações sobre todos os nossos antepassados do sexo feminino. Carregamos, com efeito, nossa árvore genealógica dentro da gente!


Aí começou uma equipe de pesquisadores da Universidade de Berkely, Califórnia analisar e comparar as informações do DNA nas mitocôndrias de milhares de pessoas de todas as regiões do mundo e de todas as cores. Que trabalho gigantesco! E o que acharam? Pois é, em 1987 publicaram na revista científica "Nature" sua descoberta fantástica: Todos os seres humanos do planeta Terra descendemos de uma mesma mulher que viveu há uns 200.000 anos na África!
Depois outros pesquisadores fizeram outras pesquisas e comprovaram o resultado da primeira: Todos nós! Todos nós somos é uma grande família só! Você que ta lendo isso, eu que to escrevendo isso, o Galvão da globo que não sabe disso mas fala besteira de "raças", idem o Presidente e tantos "professores" e "intelectuais". Todos nós! Os negros mais retintos e os brancos mais alvinhos, os "índios" e os indianos, os japoneses e os aborígines australianos, os árabes e os judeus. E tem mais: quando pesquisadores começaram fazer comparações do DNA descobriram que muitas vezes é que um branco europeu tem mais parentesco com um africano do que este africano com outro africano da mesma aldeia! Já pensou? Quer dizer que a cor de nossa pele e o lugar onde moramos nada tem a ver! Que papo furado de "raças"! Somos é uma única grande família.

Pois é. Ta claro mesmo que não existem "raças" na espécie humana. Nem este negócio de "sangue". Mesmo assim continua, infelizmente, a mania de dividir e discriminar em "raças" o que resulta, entre outras coisas, na proliferação do racismo. É pura estupidez!
Agora, se todo mundo souber que não tem raças como pode ter racismo então! O que tem sim é ignorância. Muita e profunda ignorância. E quem sabe menos sempre fala mais, como já constatamos no começo desta leitura. Porém, temos que dar um basta neste papo ignorante de "raças". Se quisermos acabar com o racismo, temos que corrigir aqueles que não sabem mas falam, portanto, besteira. Sem medo temos que dizer "Me perdoe seu Presidente, mas ta falando coisa que não é verdade. Porque não existem "raças"!" O mesmo vale para os professores: "Me perdoe pro, mas o que a senhora ta dizendo já foi comprovado que nem existe. Somos uma única raça humana só!"

Para a verdade vencer é preciso falar a verdade. Assim plantaremos paz e respeito na nossa família. E nossa família é enorme mesmo: São todos os oito bilhões de seres humanos em todos os cantos do mundo.


Fale para todo mundo ouvir, meu amigo e minha amiga: Não existem "raças"! Somos uma raça só! Com cores e formas diversas, costumes diferentes, canções, danças e línguas diferentes, más, por dentro e em nossos direitos e capacidades somos todos iguais!

Graças a Deus ou Tupã ou Oxalá ou Alá ou a Mãe Natureza ou Gaia...!


MATÉRIA SOBRE ZUMBI:


Zumbi dos Palmares - O Falso Herói


Estudos recentes sobre o herói da luta contra a escravidão mostram que ele próprio pode ter sido dono de escravos no quilombo dos Palmares. Na próxima quinta-feira, 262 cidades brasileiras comemoram o Dia da Consciência Negra, data que evoca a morte de Zumbi dos Palmares. Último líder do maior dos quilombos, os povoados formados por negros fugidos do cativeiro no Brasil colonial, Zumbi foi morto em 20 de novembro de 1695, quase dois anos depois de as tropas do bandeirante paulista Domingos Jorge Velho praticamente destruírem Palmares.



Zumbi e o bandeirante Domingos Jorge Velho, que destruiu Palmares: a escassez de documentos favoreceu versões romantizadas de como era a vida no quilombo


Ao longo dos séculos, Zumbi se tornou uma figura mítica, festejado como o herói da luta contra a escravidão. O que realmente se sabe dele, como personagem histórico, é muito pouco. Seu nome aparece apenas em oito documentos da época, incluindo uma carta do governador de Pernambuco anunciando sua morte. Como ocorre com Tiradentes e outros heróis históricos que servem à celebração de uma causa, a figura de Zumbi que passou à posteridade é idealizada. Ao longo do século XX, principalmente nos anos 60 e 70, sob influência do pensamento marxista, Palmares foi retratada por muitos historiadores como uma sociedade igualitária, com uso livre da terra e poder de decisão compartilhado entre os habitantes dos povoados. Uma série de pesquisas elaboradas nos últimos anos mostra que a história de Zumbi e do quilombo dos Palmares ensinada nos livros didáticos tem muitas distorções. Muito do que se conta sobre sua atuação à frente do quilombo é incompatível com as circunstâncias históricas da época. O objetivo desses estudos não é colocar em xeque a figura simbólica de Zumbi, mas traçar um quadro realista, documentado, do homem e de seu tempo.

Os novos estudos sobre Palmares concluem que o quilombo, situado onde hoje é o estado de Alagoas, não era um paraíso de liberdade, não lutava contra o sistema de escravidão nem era tão isolado da sociedade colonial quanto se pensava. O retrato que emerge de Zumbi é o de um rei guerreiro que, como muitos líderes africanos do século XVII, tinha um séquito de escravos para uso próprio. "É uma mistificação dizer que havia igualdade em Palmares", afirma o historiador Ronaldo Vainfas, professor da Universidade Federal Fluminense e autor do Dicionário do Brasil Colonial. "Zumbi e os grandes generais do quilombo lutavam contra a escravidão de si próprios, mas também possuíam escravos", ele completa. Não faz muito sentido falar em igualdade e liberdade numa sociedade do século XVII porque, nessa época, esses conceitos não estavam consolidados entre os europeus. Nas culturas africanas, eram impensáveis. Desde a Antiguidade e principalmente depois da conquista árabe no norte da África, a partir do século VII, os africanos vendiam escravos em grandes caravanas que cruzavam o Deserto do Saara. Na época de Zumbi, a região do Congo e de Angola, de onde veio a maioria dos escravos de Palmares, tinha reis venerados como se fossem divinos. Muitos desses monarcas se aliavam aos portugueses e enriqueciam com a venda de súditos destinados à escravidão.

"Não se sabe a proporção de escravos que serviam os quilombolas, mas é muito natural que eles tenham existido, já que a escravidão era um costume fortíssimo na cultura da África", diz o historiador carioca Manolo Florentino, autor do livro Em Costas Negras, uma das primeiras obras a analisar a história do Brasil com base nos costumes africanos. Zumbi, segundo os novos estudos sobre Palmares, seria descendente de uma classe de guerreiros africanos que ora ajudava os portugueses na captura de escravos, ora os combatia. Quando enviados ao Brasil como escravos, os nobres africanos freqüentemente formavam sociedades próprias – uma delas pode ter sido Palmares. Para chegar a esse novo retrato de Zumbi e do quilombo, os historiadores analisaram as revoltas escravas partindo de modelos parecidos que ocorreram em outros lugares da América e da África. Também voltaram às cartas, relatos e documentos da época, mostrando como cada historiografia montou o quilombo que queria.

O principal historiador a reinterpretar o que ocorreu nos quilombos é o carioca Flávio dos Santos Gomes. Ele escreve no livro Histórias de Quilombolas: "Ao contrário de muitos estudos dos anos 1960 e 1970, as investigações mais recentes procuraram se aproximar do diálogo com a literatura internacional sobre o tema, ressaltando reflexões sobre cultura, família e protesto escravo no Caribe e no sul dos Estados Unidos". Atendo-se às fontes primárias e ao modo de pensar da época, os historiadores agora podem garimpar os mitos de Palmares que foram construídos no século XX.

O novo quilombo dos Palmares
Estudos recentes mudam a visão que predominou no século XX sobre os povoados
O que se pensava:
• O quilombo era uma sociedade igualitária, com uso livre da terra e poder de decisão compartilhado.
• Zumbi lutava contra a escravidão.
• Zumbi foi criado por um padre, recebeu o nome de Francisco e aprendeu latim.
• Ganga-Zumba, líder que antecedeu Zumbi, traiu o quilombo ao fechar acordo com os portugueses.

O que se pensa hoje:
• Havia em Palmares uma hierarquia, com servos e reis tão poderosos quanto os da África.
• Zumbi e outros chefes tinham seus próprios escravos
• As cartas em que um padre daria detalhes da infância de Zumbi provavelmente foram forjadas.
• Ao romper o acordo com Portugal, Zumbi pode ter precipitado a destruição do quilombo.

Fonte: revista veja da semana de 19 de novembro de 2008, paginas 108 a 109, autor Leandro Narloch